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Emanuel, Deus conosco - não acima de todos e nem abaixo


Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel. Isaias 7.14

Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel". Emanuel significa "Deus conosco" (Mt 1:23)

A razão do Cristo vir à terra não foi exclusivamente o seu sacrifício na cruz. Sua vinda implica mais do que um ato sacrificial; revela também o compartilhar de Deus da experiência humana. Ao observarmos a trajetória da relação entre a humanidade e o Criador, vemos que, desde a criação do mundo, Deus sempre mostrou presente. Ao longo de toda a História, Ele se revelou à humanidade e continua conosco até o dia de hoje.

Você consegue ver o amor do Deus conosco no Éden?

Desde que o homem escolheu a morte, e se afastou de Deus, tem havido uma busca incessante da parte de Deus por cada ser humano individualmente a cada dia. A Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse, mostra um Deus de amor que incansavelmente vai atrás do homem para se relacionar com ele, e lhe oferecer a vida.

Logo após o pecado, Deus vai em busca de Adão e Eva. Eles tinham motivo para ter medo de Deus e para se esconder, pois o pecado os havia cegado para o Pai de amor que eles tinham. Mas isso não alterava o fato de Deus ser amor. O amor divino é constante e fiel.

Quando Caim, matou o irmão é Deus quem toma a iniciativa de diálogo novamente (E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão Gênesis 4.9) e a reação de Caim é totalmente diferente da reação dos pais. Ele mente e mostra que não conhecia nada sobre o amor e o perdão de Deus.

Na história dos patriarcas vemos a maneira bondosa como Deus os conduziu a fim de abençoá-los e abençoar o mundo. Deus disse para Jacó: “Estou com você e cuidarei de você, aonde quer que vá; e eu o trarei de volta a esta terra. Não o deixarei enquanto não fizer o que lhe prometi” (Gênesis 28:15).

Quando Deus diz a Moisés para construir o tabernáculo, era por um desejo muito especial: habitar no meio deles (Êxodo 25:8).

No deserto Deus acompanhou o povo: “Numa terra deserta ele o encontrou, numa região árida e de ventos uivantes. Ele o protegeu e dele cuidou; guardou-o como a menina dos seus olhos” (Deuteronômio 32:10).

Ele revela um cuidado especial com o seu povo: “Foi por tua grande compaixão que não os abandonaste no deserto. De dia a nuvem não deixava de guiá-los em seu caminho, nem de noite a coluna de fogo deixava de brilhar sobre o caminho que deviam percorrer. Deste o teu bom Espírito para instruí-los. Não retiveste o teu maná que os alimentava, e deste-lhes água para matar a sede. Durante quarenta anos tu os sustentaste no deserto; nada lhes faltou, as roupas deles não se gastaram nem os seus pés ficaram inchados” (Neemias 9:19-21).

E o que dizer de todo o Antigo testamento quando Deus se manifestou diante de seu povo, com amor, compaixão, bondade e proteção.

Mesmo construindo A Torre de Babel ou diante das cidades de Sodoma e Gomorra, Deus teve compaixão dispersando o povo e poupando a vida de Ló e de seus familiares.

Deus transforma a vida de pessoas como Ester, José e Daniel.

Ela (Ester) se tornou rainha da Pérsia e foi usada por Deus para salvar todo o povo hebreu. Ela era judia, foi criada por seu primo Mordecai na Pérsia, já que era órfã.

Enquanto José é vendido como escravo para o Egito pelos seus irmãos e tornou-se o administrar-mor da casa de Potifar e depois de revelar um sonho ao Faraó, ele se torna o governador do Egito, o homem mais poderoso daquele lugar, abaixo apenas do próprio faraó. Tudo quando ele colocava as mãos, Deus fazia prosperar.

Daniel foi selecionado como um dos jovens judeus mais especiais para ser treinado para servir na corte do rei Nabucodonosor. Deus abençoou Daniel com o dom de interpretar sonhos, e ele foi promovido a cargos de liderança nos governos Babilônico e Persa.

Como um simples pastor (Davi) se tornou um rei exemplar e herói de Israel. Na juventude, na guerra contra os filisteus, matou o gigante Golias. Davi foi um guerreiro, profeta e rei do povo de Israel. Reinou durante quarenta anos.

O que falar dos profetas Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel; do segundo fazem parte os profetas Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Os profetas bíblicos se entregavam à missão sem interesses por honras e lucro. Esta missão tem duas faces: anunciar os desígnios de Deus e denunciar o que vai contra o plano de Deus, autor da vida e, portanto, tudo o que gera morte.

Deus é amor, perfeito, justo e misericordioso. De Gênesis ao Apocalipse a Bíblia revela Deus em busca do ser humano e Seu desejo de salvá-lo. Deus não muda, Seu amor é constante e fiel. 

Partimos do princípio de que Deus no Antigo Testamento se apresenta como o “Eu Sou”. Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês” (Êxodo 3:14).

No Novo Testamento, em um episódio acalorado com os fariseus, Jesus declarou ser “Eu Sou”: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. João 8.58

Esta busca, revela Deus em seu filho reafirmando que ele estava desde do princípio conosco: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1:1-3).

Afinal, devemos lembrar, "Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus conosco" (Mt 1:22-23). Deus conosco. Um Deus que poderia estar acima de todos, mas escolheu vir à terra: nascer, crescer, aprender uma profissão e viver como um de nós, passando por alegrias, sofrimentos e tentações. O Verbo se fez carne (João 1:14), humanizou-se, tornou-se alguém com as fragilidades do corpo e sujeito à morte e assim nos ensinou que nada é mais divino do que o Deus no meio de nós.

Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1.14 Em Jesus vemos Deus se identificando conosco, um Deus que entende nossas dificuldades e necessidades porque também passou pela terra se sujeitando às regras que havia criado para nós. Jesus também nos mostrou o caráter de Deus. Ao ensinar com amor, cuidar dos necessitados, curar os doentes e perdoar. Ele nos revelou toda a bondade e sabedoria de Deus, de uma forma que nós pudéssemos entender. Foi por meio de Sua humanidade que Jesus manifestou a glória de Deus. Agora, todos nós que cremos em Jesus podemos ter Deus conosco, dentro de nossos corações. Através do Espírito Santo, temos sempre acesso a Deus, não precisamos subir montes, nem oferecer sacrifícios nem fazer peregrinações. Deus está aqui, sempre esteve conosco. O Evangelho de Lucas narra que os discípulos, depois de terem visto Jesus subir ao Céu, "voltaram a Jerusalém cheios de grande alegria" (Lc 24:52). Como é possível isso? É porque eles tinham experimentado o quanto são verdadeiras aquelas suas palavras. Também nós sentiremos uma imensa alegria, se acreditarmos realmente na promessa de Jesus: "e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28:20). Foram as últimas palavras de Cristo aos seus discípulos durante seu ministério terreno. Ele permanece presente na terra por muitos modos: através do Espírito Santo e também por meio de Sua Palavra, nas crianças, nos despossuídos, nos excluídos por religião, gênero, etnia ou orientação sexual, de fato, em toda a humanidade, o ápice da Criação. Lembremos, especialmente a presença que Ele mesmo nos indicou: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles" (Mateus 18:20). Assim, Jesus demonstrou Sua vontade de tornar-se presente em toda parte. Voltemos a título desta mensagem: Emanuel, Deus conosco e não acima de todos e nem abaixo

Deus presente em nós, nem acima como um ditador, um rei impetuoso, como um chefe sem misericórdia, um governante sem piedade ou qualquer outro que possa entender que a autoridade ou poder possa sobrepor as pessoas.

Deus presente em nós, nem abaixo do nosso eu, da nossa vontade, do lado de fora de nossas festas, do motel, do tempo de pecado, da sua força ou do seu intelecto.

Deus presente em nós, Jesus e o Espírito Santo, simples assim.

Jesus está conosco, no meio do povo, nas ocupações, nas favelas, com os doentes, nos presídios, com os milhões de desempregados angustiados com seu futuro. Nos cabe o cuidado dessas pessoas, o serviço ao próximo, a partilha das dores e medos; na demonstração do amor cristão: que tudo suporta e que tudo perdoa. Vivendo dessa maneira, manteremos já nesta vida a possibilidade de se encontrar com Jesus, pois "Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes" (Mt 25:40). Conclusão

Se Deus é Emanuel, Deus conosco e não acima de todos e nem abaixo. O que temos feito para que Ele reine em nós. A Bíblia fala sobre unidade e relacionamentos; hoje vivemos em uma era em que as pessoas estão cada vez mais individualistas.

Jesus está presente quando dois ou três se juntam. A comunidade, a igreja são formadas por “NÓS”. Quando entendemos isso, percebemos que unidade não significa uniformidade: cada pessoa, com seus dons, talentos e personalidade, desempenha um papel importante e diferente no corpo de Cristo.

Nós e ele em nós! Como esta verdade pode ser vivenciada em sua vida? O que será necessário alterar nesta caminhada para que isso seja uma realidade? Existe algo acima Dele ou Ele está abaixo? Por que na história (AT e NT) vimos pessoas que desfrutaram da perfeita e boa vontade de Deus em suas vidas?

Nesta caminhada de vida cristã, qual o caminho que precisa percorrer para que Ele seja presente, nem acima e nem abaixo?


Pr Emilio Fernandes Junior - Legado 33

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