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Equilíbrio


“Mas o fruto do Espírito é… domínio próprio.” (Gl 5.22-23)

Você sabe identificar quais são os seus limites?

Seu perfil é daqueles que tenta “dançar conforme a música” ou estabelece o seu ritmo próprio?

Você já se pegou alguma vez como que “correndo atrás do vento” e se perguntou: porque eu faço o que faço?

Imagina se pudesse ter um sinalizador que antecipa-se ao erro, evitando assim não realizar ações desiquilibradas e que não aprova?

A origem

A vida de caos e desequilíbrio começou com o primeiro pecado do homem, lá no Jardim do Éden. O pecado é a fonte geradora de toda instabilidade. A natureza humana manchada pelo pecado tornou-se incapaz de trazer de volta o seu estado original de retidão e equilíbrio. A Bíblia diz que “todos pecaram” e que “o salário do pecado é a morte”; todos estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Nesse estado de morte espiritual, apenas resta ser guiado pela inclinação dos prazeres e apetites carnais, ou seja, uma vida insaciável e totalmente desequilibrada. A máxima é: eu faço o que eu quero, porque eu desejo o que desejo.

Vida insaciável e totalmente desequilibrada

Neste ponto que precisamos entender o desequilíbrio moral do ser humano, onde tudo inclina para realizar o que não é bom pois o coração do homem é enganoso “Enganoso é coração, mais doque todas as coisas, e desesperadamente corrupto” Jeremias 17.9

Começa com 1 - capturando uma imagem, 2 - começa a olhar para aquilo com maior intensidade, 3 - gera um desejo de participar ou estar naquele meio, 4 - a mente contaminada com aquela imundícia gera pensamentos futuros, sonhos para a realização e 5 - o coração que contaminado anseia na realização ou na participação daquele ato.

A partir deste momento o desequilíbrio é total na vida do ser humano, pois em alguma área ele inclina totalmente para realizar aquilo que é carnal e desejoso.

A questão é que não para aí, pois no primeiro momento vem o arrependimento por ter sido fraco, por ter cometido o pecado, por realizar algo que envergonha sua vida e a vida daqueles que estão ao seu lado. Aí vem a segunda, terceira, quarta e diversas vezes o mesmo erro, o que era algo para envergonhar e que tinha um tempo entre uma prática e outra agora é constante.

O próximo passo é envolver aquilo que está ao redor desta prática trazendo outras formas e experiências levando ao homem a sua total fraqueza e impotência. Vejamos alguns desdobramentos:

A idolatria leva a feitiçaria

A inimizade leva a porfias (disputa) e ciúmes

A pornografia leva ao adultério.

A bebida, leva as drogas.

As dissensões (divergências de opiniões) levam as facções (grupo de pessoas em oposição a outro grupo)

Este processo é muito importante entender, como os desdobramentos. TODOS NÓS PRECISAMOS ENTENDER ISSO DE UMA VEZ POR TODA, POIS MUITAS VEZES DEIXAMOS NOSSOS SENTIMENTOS AFLORAR E INTERROMPEMOS O AGIR E MOVER DE DEUS.

Não estamos largados à nossa própria sorte

O que nos consola é o fato de sabermos que não fomos largados à nossa própria sorte. Deus nos deu vida, uma nova natureza em Cristo Jesus. Podemos sair desse ciclo vicioso de desequilíbrio e caos, basta pedir a Deus que nos dê o fruto do Espírito Santo: domínio próprio, equilíbrio, autocontrole.

Na Bíblia a ideia do domínio próprio é expressa pela palavra grega enkrateia. Essa palavra – que também pode traduzida como “temperança” – indica “o poder de conter-se a si mesmo”. Então ter temperança e domínio próprio é, essencialmente, a mesma coisa. Em outras palavras, ser temperante e moderado é possuir autocontrole. Essa mesma palavra grega é aplicada nos textos bíblicos para falar do domínio sobre os desejos e práticas sexuais (1 Coríntios 7:9); e para se referir à disciplina que um atleta exerce sobre o próprio corpo (1 Coríntios 9:25).

Pensa no exercício diário que fazemos, as vezes travamos uma luta interna entre movimentar o nosso corpo, suar para uma melhor performance, mas a nossa mente está dizendo: Deixa para amanhã, hoje pode dormir mais tarde, aproveita este tempo para assistir um filme ou lembra que comeu muito então deixa para amanhã.

Paulo fala disso em 1 Coríntios 9.25 “Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre.” Exatamente isso é o domínio próprio, submeter a disciplina aos desejos e vontades.

Quando Paulo escreveu aos gálatas, ele mencionou a domínio próprio como sendo uma das virtudes do fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22). Apesar de essa virtude ser diretamente oposta aos vícios da natureza humana listados pelo apóstolo – como a imoralidade, a impureza, a lascívia e outros –, o conceito do verdadeiro domínio próprio vai ainda mais além. Isso quer dizer que uma pessoa que exerce essa qualidade possui seus pensamentos e atitudes submissos e obedientes ao Senhor (2 Coríntios 10:5). Neste ponto não ficamos sozinho como disse anteriormente: Não estamos largados à nossa própria sorte. O Senhor e o Espírito Santo começam a ter liberdade para agir e nos fortalecer em nossa caminhada cristã.

Equilíbrio é a capacidade de manter-se de pé, mesmo que seja sobre uma corda bamba. Estabilidade emocional, social, física e espiritual. Viver com temperança: a virtude de quem domina seus desejos e paixões, especialmente seus apetites carnais.

Equilíbrio é ficar de pé, saber lidar e reagir de modo positivo em situações adversas. Ter domínio de si mesmo: “Assim, pois, aquele que julga estar em pé, tome cuidado para não cair.” (1Co 10.12)

Uma vida equilibrada é uma vida guiada pelo Espírito Santo

Aquele que é guiado pelo Espírito de Cristo sabe desfrutar dos prazeres da vida sem perder o equilíbrio e sem perder o juízo apropriado. Um exemplo de quem se perdeu e caiu é o de Esaú, que vendeu seu direito de primogenitura ao seu irmão Jacó por causa de um prato de comida: pão e sopa de lentilhas. Seu castigo foi que, por um pedaço de carne, ele deixou de desfrutar das bênçãos de ser o filho mais velho. (Gn 25.29-34).

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Rm 14.17)

Viver de maneira equilibrada é muito mais do que sobreviver. A vida não é só comer, beber, deixar como está para ver como é que fica. O Senhor Jesus disse: “eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).

Como indicado pela Cruzada Estudantil, você pode ser cheio do Espirito Santo agora mesmo, se você:

- Desejar sinceramente ser controlado e fortalecido pelo Espírito Santo (Mt 5.6; Jo 7.38-39)

- Confessar seus pecados. Após isso, pela fé, agradeça a Deus por ele ter perdoado todos os seu pecados – passados, presente e futuros – porque Cristo morreu por você (Cl 2. 13-15; 1 Jo 2; 2.1; Hb 10.1-17)

- Apresentar cada área de sua vida a Deus (Rm 12. 1-2)

- Pela fé, tomar posso da plenitude do Espírito Santo, de acordo com estes princípios:

A ordem do Senhor é seja cheio do Espirito Santo (Ef 5.18-20) e a promessa do Senhor é ele responderá quando orarmos de acordo com a sua vontade (1 Jo 5.14,15)

Conclusão

Domínio próprio é saber se controlar. Isso é muito importante porque nem todos os nossos impulsos são bons. Quem vive apenas para satisfazer seus prazeres, sem se preocupar com as consequências, acaba caindo no pecado.

Deus nos ajuda a ter autocontrole. Não vivemos mais para o pecado. Agora vivemos para agradar a Deus, para fazer o bem. Ter domínio próprio e temperança trazem liberdade para fazer o que é certo.

- Não fique desprotegido por falta de equilíbrio:

Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se. Provérbios 25:28

- Não deixe suas emoções agir antes do homem espiritual:

Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade. Provérbios 16:32

- Empenhe-se a viver uma vida equilibrada:

Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. 2 Pedro 1:5-7


Pr Emílio Fernandes Junior - Legado 33

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